segunda-feira, 4 de maio de 2009


Oh Clémence, que espíritos vagueiam entre as flores que adormeceste? Que história de criança inventaste para que a boneca não fosse a correr no entusiasmo de domingo, perdida entre as mesas altas, folhadas de bolos e cores de gelatinas?
Oh Clémence, posso largar a vida de adulto e abandonar-me ao pé de ti e, tal como tu, despentear-me no oásis de almofadas quentes? O sol escondeu as sombras da insónia e os fantasmas aconchegam-te as mantas desarticuladas dos teus braços enquanto sonhas alto, bem alto de todos nós. Quero também sonhar agora, prender-me aos cobertores e fechar os olhos para acompanhar-te nesta tarde de embalo e piquenique entre pomares celestes e fontes reais.


Sem comentários:

Enviar um comentário