Para onde parte este braço, parte de corpo que não vejo nem sinto? Que coisas inexplicáveis aconteceram-me até aqui? Em quantos desastres tive de pensar para realmente ficar sozinha, entre a escada e o passeio, agarrada ao corrimão, em direcção ao fim da escadaria que espreita o céu e ninguém? Em quantas negações fui perdendo os amores? Em quantos bolsos rotos enfiei as mãos na esperança que eles se tivessem cosido, no segredo das linhas? Será que o meu coração também voltou a coser-se (enquanto dormia) e retocou os rasgos da minha carne? Será que o meu coração me concede outra vida?
Agora preciso de agarrar em todos os poemas que adoro para voltar a fechar-me nesses livros e sentir como as palavras me beijam a face de forma permanente. Mas lembro os beijos matinais, em que eu espantava as horas ainda pestanejando sonhos para o largo da cama. Mas lembro todos os poemas abertos sobre a mesa…que líamos em voz alta, sobre a voz da rádio.
Que resoluções deixei cair, como a maça que tomba pelo saco até à deriva dos pontapés da água? Quem se agachou primeiro porque não fui eu que a tirei de lá…como o meu amor que anda aos tombos, abandonado nas fileiras de água desta cidade, sem saber onde se esconder?
Agora preciso de agarrar em todos os poemas que adoro para voltar a fechar-me nesses livros e sentir como as palavras me beijam a face de forma permanente. Mas lembro os beijos matinais, em que eu espantava as horas ainda pestanejando sonhos para o largo da cama. Mas lembro todos os poemas abertos sobre a mesa…que líamos em voz alta, sobre a voz da rádio.
Que resoluções deixei cair, como a maça que tomba pelo saco até à deriva dos pontapés da água? Quem se agachou primeiro porque não fui eu que a tirei de lá…como o meu amor que anda aos tombos, abandonado nas fileiras de água desta cidade, sem saber onde se esconder?
Foste tu? Ou alguém de quem não sei nome nem morada...?
Também me lembro de poemas...
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