sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Penso bem no escuro, quando só vejo negro e ouço a noite a estalar contra a tinta das paredes.
Tudo torna-se plano e intemporal, como no fundo do mar. Eu meto-me dentro desse negro, à espera que as cortinas se abram para uma nova paisagem. Tenho receios que as portas me bloqueiem o passo, que alguma se feche enquanto atravesso e me talhe em dois. Assim, seria dois seres, um além e outro cá.
Anseio avançar para ti, até ti. Sinto a tua ausência como rocha a pender-me sobre todo o corpo.
Agora sei e agora imagino.






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