domingo, 1 de março de 2009

Fim de Cerimónia

O que ocorre lá são emergências! Alavanca vermelha: ainda que vissem o rio, o mar, árvores, ainda que vissem possíveis formas de qualquer coisa. Tantas vezes partiram-se azulejos e barreiras, outras tantas esbarrou-se em muros e caiu-se de galhos e algo a menos afundou-se em novas poças vermelhas. Um dia, afoguei todos os canhões nas ruas onde vivi um tempo de mim mesma. Estava a armar-me contra o quê e o porquê porque sabia que me iam fazer muitas perguntas. Pois bem, resolvi fazer as tréguas com aquele lugar e devolver-me a ele, encontrar algo em mim na sua decadência, no seu esplendor efémero e tranquilo de fim de tarde. Mas quando a noite estava nublada, aquele lugar cerrava-se nele mesmo e aí eu angustiava-me porque não via para além. Ah como precisava de olhar. Via apenas as luzes tímidas dos passeios e as altitudes dos prédios a esmorecerem entre o nevoeiro. Ficava desencantado, pois assisitia ao retorno de uma antiga antipatia. Acho que tive muita paciência com aquele sítio. Não me vêem a chorar mais por outro cão abandonado. Irei, irei, irei-me dali. Tantos suspiros e o vento levou-os a todos. Bem podeis soprar-me para longe...


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