quinta-feira, 15 de julho de 2010

Quem me dera ser um homem. Quem me dera ser o homem estendido ao sol, desprovido de nervos, com o peito inchado de sonolências. Quem me dera ser o homem deitado sobre uma manta branca, isolado na sua ilha de complacência. Quem me dera ser o homem desprotegido de ficções alheias, para encabeçar o imaginário de alguém. Quem me dera descobrir o tamanho das pernas alongadas no campo, para que elas ganhassem forma de natureza sobre o horizonte, entre pequenos malmequeres a espreitar à luz. Ou ganhar a amplitude do silêncio sobre o homem, que o abraça com uma tranquilidade amortizante.


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